Adesão ao Programa Ciência sem Fronteiras e ampliação do laboratório de pesquisa no RS são algumas das medidas para fomentar a inovação no país

Numa época em que os ciclos de inovação e os avanços tecnológicos são cada vez mais velozes, o abismo que separa o Brasil e a América Latina dos países desenvolvidos é um tema recorrente. Quando a questão vem à tona, não é raro encontrar opiniões extremas, que se baseiam no atraso histórico da região para afirmar categoricamente que essa distância em relação aos mercados maduros dificilmente será vencida. O brasileiro Rodolpho Cardenuto segue justamente na direção contrária.

O mercado deu um voto de confiança para o governo após o anúncio das metas fiscais que serão perseguidas em 2014, feito ontem pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior. Mais do que o corte de R$ 44 bilhões em despesas, a redução da projeção de crescimento para este ano - e, consequentemente, para a arrecadação - foi vista positivamente por mostrar que houve esforço do governo em apresentar um cenário mais realista. Pelo mesmo motivo, agradou o fato de que o governo neste ano vai trabalhar com expectativa de superávit primário de Estados e municípios de 0,35% do PIB, em vez do esforço fiscal de 1% que constava na lei.

Ainda assim, economistas e especialistas ouvidos pelo Valor não alteraram estimativas para a poupança do setor público, mais próxima de 1,5%, por acreditarem que o compromisso assumido pelo governo, considerado ambicioso, será de difícil execução.