A expectativa do Itaú Unibanco é que o novo banco permita criação de sinergias de 100 milhões de dólares.

Com o acordo, o Itaú Unibanco avança na estratégia de internacionalização, prevista desde o surgimento do maior privado do país com a fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, mas postergada devido aos altos preços dos ativos em países como Chile, Peru e Colômbia.

O Itaú iniciou suas operações no Chile com a compra da unidade local do Fleet Boston, em 2006, e depois com as atividades do HSBC, em 2011. O banco também montou uma operação de banco de atacado na Colômbia, em 2012.

OPERAÇÃO

O valor total da transação não ficou imediatamente claro. Mas considerando os ativos e outros dados, esta deve ter sido a maior transação na indústria financeira no Chile, de acordo com informações da Thomson Reuters.

Além de Itaú, o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria e o canadense Bank of Nova Scotia também disputavam a compra do banco chileno, disseram fontes à Reuters em dezembro.

Após a capitalização do Itaú Chile, a unidade será incorporada pelo CorpBanca, que emitirá novas ações na proporção de 85.420,07 papéis para cada uma ação do Itaú Chile. Haverá ainda uma posterior integração do Itaú BBA Colômbia às operações do Itaú CorpBanca. O Itaú Unibanco afirmou que a operação não terá efeitos contábeis relevantes nos resultados da instituição.

Ambos os grupos lançarão ainda uma oferta para comprar participação restante no CorpBanca Colombia por equivalente a 894 milhões de dólares, afirmou o Corp Group.

O Itaú CorpBanca fará um acordo de acionistas com o Corp Group. Os presidentes dos Conselhos de Administração do Itaú CorpBanca e suas subsidiárias serão indicados pelo Corp Group e seus vice-presidentes pelo Itaú Unibanco. A maioria dos membros do Conselho de Administração será eleita pelo grupo brasileiro.

Boris Buvinic, atual presidente da unidade chilena do Itaú, será o presidente do Itaú CorpBanca, com Jorge Andrés Saieh, o controlador do CorpBanca, assumindo como presidente do Conselho de Administração.

Fonte: Reuters Brasil

O Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido recorrente de 1,409 bilhão de reais no quarto trimestre, queda de 12,3 por cento sobre igual período de 2012.

O resultado, porém, foi acima do esperado pela média de estimativas de oito analistas consultados pela Reuters, que apontava para um lucro recorrente 17,3 por cento menor na comparação anual, a 1,33 bilhão de reais.

Os dados da filial brasileira do banco espanhol saíram no mesmo dia em que o Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, divulgou lucro de mais de 3 bilhões de reais, crescimento de 9,6 por cento.

A carteira de crédito do Santander Brasil terminou 2013 em 227,48 bilhões de reais, alta anual de 7,3 por cento. O destaque foi para empréstimos a grandes companhias, que subiram 19,3 por cento, e financiamentos para pequenas e médias empresas, que recuaram 7,6 por cento.

Na pessoa física, houve alta de 5,9 por cento na carteira, a 75,5 bilhões de reais, com expansão de 16 por cento no crédito para aquisição de veículos, além de alta de 33 por cento nos financiamentos imobiliários. A modalidade de empréstimo consignado, considerada de risco menor, caiu 7,1 por cento.

O movimento foi na contramão do Bradesco, que aumentou o consignado em 29 por cento e reduziu a carteira de financiamento a veículos em 12,4 por cento.

INADIMPLÊNCIA EM QUEDA

O índice de inadimplência do Santander Brasil, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, ficou em 3,7 por cento nos três meses encerrados em dezembro 4,5 por cento no terceiro trimestre e 5,5 por cento no último quarto de 2012.

As taxas relativas a 60 dias, indicadoras de inadimplência futura, também recuaram, passando de 6,6 por cento no quarto trimestre de 2012 para 4,6 por cento nos três meses encerrados em dezembro.
Enquanto isso, o resultado de créditos de liquidação duvidosa (PDD) somaram 2,449 bilhões de reais, redução de 20,9 por cento sobre o quarto trimestre de 2012, recuando também em relação ao período de julho a setembro do ano passado, que apurou 2,698 bilhões.

O banco pagou na véspera uma remuneração extraordinária equivalente a 6 bilhões de reais, ligada a uma reestruturação anunciada em setembro, que trocou capital principal Tier 1 por capital complementar Tier 1 e Tier 2.

O Santander Brasil apurou receita de prestação de serviços e tarifas bancárias de 2,847 bilhões de reais no quarto trimestre, crescimento de 8,9 por cento sobre o trimestre anterior.

A margem financeira bruta foi de 7,211 bilhões de reais, queda trimestral de 4,1 por cento, enquanto as despesas gerais subiram 5,2 por cento na mesma comparação, a 4,313 bilhões de reais.

Reuters (Por Alberto Alerigi Jr.)